Digitalização de documentos e serviços públicos é prioridade, diz governo

setembro 20, 2019

A digitalização e unificação de documentos, serviços públicos e portais oficiais é uma das prioridades do governo federal. Quem afirma isso é o secretário do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro, que faz parte de uma iniciativa que prevê quatro grandes pilares para o que a administração chama de transformação digital, com objetivos que devem ser cumpridos até o final de 2020.

Estes grandes objetivos envolvem o lançamento de um documento digital de identidade, a unificação de todos os canais oficiais do governo em uma plataforma online, a simplificação do registro de empresas que atuam no país e a publicação de 1.000 novos serviços digitais oficiais. Desde janeiro, aponta Monteiro, já foram 320, e o resultado disso é uma economia total de R$ 1 billhão, dividida entre a sociedade e a própria administração pública.

Falando durante um evento da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), na Bélgica, o secretario apontou a digitalização dos serviços como alavancador de crescimento econômico. De acordo com ele, o governo deseja tirar “das costas do cidadão” o peso da burocracia, com ida em cartórios e obtenção de diferentes documentos, um processo caro, demorado e que serve como entrave para o crescimento da economia.

Monteiro apontou, ainda, que os mais de 300 serviços já digitalizados em 2019 representam três vezes mais que o total de processos semelhantes ocorridos ao longo de todo o ano passado. Nos cálculos oficiais, foram R$ 200 milhões economizados pelo governo com a simplificação de processos burocráticos e outros R$ 740 milhões que a sociedade deixou de gastar com isso.

O secretário citou, ainda, a digitalização completa do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) como um marco para a iniciativa de governo digital. Hoje, todos os pedidos de aposentadoria podem ser feitos pela internet, com apresentação de documentos e preenchimento de informações. São 10 milhões de solicitações por ano, aponta Monteiro, que, agora, poderão ser feitas sem filas ou até mesmo a necessidade de o cidadão sair de casa.

O caso brasileiro foi apresentado com destaque na reunião da OCDE, voltada justamente para iniciativas em governo digital e reunindo representantes de governos federais, bem como de empresas e universidades. A ideia é trocar experiências, apresentar propostas e, principalmente, cases que deram certo, de forma que outros países possam acelerar suas próprias estratégias de digitalização no setor público.

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