Governo quer transformação digital radical até o fim de 2022

julho 22, 2020

Governo federal quer digitalizar todos os serviços ofertados presencialmente até o fim de 2022
Os avanços e os desafios da transformação digital na sociedade contemporânea foram o tema de um debate realizado digitalmente no evento Brasil e Reconstrução, do 1º Fórum Digital de Empreendedorismo, Negócios e Transformação. Participaram da conversa mediada por André Portilho, membros do governo federal e do setor privado. Para assistir ao debate, basta acessar este link.

A necessidade de digitalizar serviços tornou-se uma das metas do governo federal durante o atual mandato. Ao todo, mais de 58% do serviços antes ofertados pelos órgãos federais apenas presencialmente já foram digitalizados. A previsão é atingir 100% até o fim de 2022.

A pauta não é nova. Luis Felipe Monteiro, secretário de governo digital do Ministério da Economia, diz que há uma certa vantagem em implementar a transformação digital no setor público de forma tardia no poder público. Segundo ele, o acesso das pessoas às ferramentas digitais auxilia no processo de transformação digital.

A pandemia do novo coronavírus acelerou esta corrida tecnológica. Segundo José Roberto Fernandes, que faz parte da Secretaria Especial de Modernização do Estado, foram mais de 200 serviços digitalizados de março até agora. “Estávamos em um processo rápido de transformação, mas a pandemia criou uma oportunidade”, afirma.

O executivo lembrou que uma pesquisa recente divulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) colocou o Brasil entre os 20 países com a melhor oferta de serviços digitais do planeta. “Queremos trazer para o governo federal a realidade que o cidadão já tem com os serviços privados”, afirma.

Nas Américas, o Brasil fica atrás somente dos Estados Unidos na avaliação da ONU que mediu o uso de tecnologia da informação e comunicações pelos governos para a prestação de serviços públicos. Monteiro complementou. Para ele, “o brasileiro tem essa mania de achar que as coisas aqui são ruins e que lá fora as coisas são melhores.”

Outro ponto abordado durante a discussão foi a adoção do trabalho remoto. Segundo Fernandes, a prática gerou uma economia de mais de 200 milhões de reais para a União em relação ao que era pago em diárias de hospedagens e gastos com transporte em pouco mais de dois meses.

Para ele, houve uma mudança de pensamento da sociedade em relação a uma possível perda de produtividade com a prática. “A pandemia chegou para acabar com este estigma”, afirma. “As pessoas trabalham mais e melhor e ainda tem o benefício para o governo, já que fica mais barato.”
Fonte: “EXAME”

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